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GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA EM PORTUGAL

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  • 10 de fev. de 2023
  • 6 min de leitura


A gravidez na adolescência é, tal como o nome indica, a gestação de um novo ser humano enquanto a mãe é adolescente. Esta é considerada uma gravidez de alto risco, devido às preocupações que traz à mãe e ao recém-nascido; a gravidez nesta faixa etária pode levar a problemas sociais e biológicos.

Atualmente, Portugal tem a 8ª maior taxa de gravidez na adolescência na União Europeia, dados que nos demonstram que nos últimos anos se registrou uma significativa redução no número de casos: no ano 2001, Portugal registou a 2ª maior taxa de gravidez na adolescência entre os 15 países fundadores da UE.

Ainda que a maternidade na adolescência seja cada vez menor em Portugal, a situação continua a ser um problema, visto que acarreta consequências negativas para as vidas daqueles que são atingidos, em especial para a vida da mãe, do pai da criança e da própria criança. Estas consequências - a nível biológico-psicológico, social, educacional e económico - são geralmente muito mais significativas quando consideramos os jovens provenientes de meios carenciados, onde outras vulnerabilidades coexistem.


Quais as causas da gravidez na adolescência?


As principais causas da gravidez na adolescência podem ser associadas a diversos fatores, contudo, podem incluir:

  • Falta de orientação - Apesar de haver muitas informações acerca das consequências da gravidez na adolescência, muitos jovens, sobretudo as raparigas, encontram-se mal aconselhadas. Muitas delas têm conhecimento relativamente à existência da pílula, mas sentem-se envergonhadas de consultar um médico e descobrir qual é a mais adequada ao seu corpo. Outras têm medo de que o contracetivo seja prejudicial para a saúde ou para a estética delas e acabam por não o utilizar.

  • Isso não vai acontecer comigo - A tendência de acreditar que só acontecem coisas más aos outros não é exclusiva dos adolescentes, mas ocorre maioritariamente com eles. Por conseguinte, são muitos os jovens que consideram que ter um filho é algo muito distante, que jamais lhes irá ocorrer. É fundamental que a culpa não seja atribuída apenas à rapariga: é igualmente da responsabilidade do rapaz possuir um preservativo e estar preparado para o utilizar.

  • No calor do momento - Normalmente o ato sexual não é planeado e ambos não estão equipados com um preservativo. A probabilidade de "parar tudo" para procurar um, de sair para comprar um preservativo, ou mesmo de se adiar o ato, é quase zero.

  • Medo de perder o namorado- Muitas raparigas inseguras sentem receio ou vergonha de exigirem que o seu companheiro use um preservativo. Por isso, de modo a não correrem o perigo de perder o seu namorado, aceitam ter relações sexuais desprotegidas.

  • Medo de perder o namorado - Muitas raparigas inseguras sentem receio ou vergonha de exigirem que o seu companheiro use um preservativo. Por isso, de modo a não correrem o perigo de perder o seu namorado, aceitam ter relações sexuais desprotegidas. a além de ser uma bomba hormonal, tem eficiência reduzida com uso periódico.


Quais as consequências da gravidez na adolescência?

Assim como já foi referido, a gravidez na adolescência continua a ser um problema, visto que acarreta consequências negativas tanto para a gestante quanto para o bebé, e pode ter efeitos físicos, psicológicos, e socioeconómicos, entre outros.


Consequências Físicas:

Dado que a mulher não está totalmente preparada fisicamente para uma gravidez, há uma maior possibilidade de um parto prematuro, rompimento precoce das membranas e aborto espontâneo. Além disso, existe a possibilidade de perda de peso, anemia, aumento da pressão arterial, doença hipertensiva, sendo esta uma importante causa de morbilidade e mortalidade materno-perinatal.


Consequências Psicológicas:

A maioria das raparigas em gestação precoce não está preparada emocionalmente para sere mãe, sendo assim comum o desenvolvimento da depressão, não só durante a gravidez como também no pós-parto. Pode igualmente ocorrer uma diminuição da autoestima e problemas afetivos entre a mãe e o filho.

Estas dificuldades tornam muitas vezes impossível para os pais cuidarem da criança, e são muitas vezes os avós que arcam com esta responsabilidade.


Consequências Socioeconómicas

É bastante comum a mulher, durante e após a gravidez, precisar abandonar os estudos ou o trabalho, uma vez que pode ser muito difícil conciliar tantas responsabilidades, além de sofrer muitas vezes uma enorme pressão da sociedade ou/e da própria família. A maternidade nesta etapa da vida normalmente detém o percurso para a vida adulta, encurtando muitas vezes a formação escolar, conduzindo as jovens ao desemprego e, em consequência, à pobreza.


A interrupção da gravidez em Portugal


Em Portugal, o aborto é legalizado desde 2007, por escolha da mulher grávida, até à 10ª semana de gravidez, mas o período de tempo que pode interromper a gravidez aumenta em determinadas situações que se encontram na seguinte ligação: Aborto em Portugal | profemina

Em 2010 e 2011 Portugal registou o ponto mais alto dos abortos, com 20.000 registos em cada ano, mas após isto, esse número tem vindo a diminuir. Ainda que as mulheres portuguesas se encontrem no 8º lugar com a taxa de gravidez adolescente mais elevada da UE, Portugal encontra-se entre os países com a taxa de aborto menos elevada.

No ano 2021, Portugal registou o menor número de interrupções (11.640) desde a sua legalização em 2007, com uma queda superior a 40% nos últimos 10 anos.

No nosso país, 30% das mulheres tiveram a interrupção da gravidez pela primeira vez entre os 17 e os 24 anos de idade.

A faixa etária com maior número de interrupções de gravidez e com maior incidência continua a ser a faixa etária dos 20-24 anos, seguida da dos 25-29 anos, prosseguindo a tendência decrescente do número de interrupções de gravidez efetuadas por adolescentes, como indica o relatório da DGS.



O lado negativo do aborto na vida da mulher .


O aborto tem consequências graves na vida emocional da mulher. As causas principais para o aborto ser a opção escolhida para muitas mulheres são a escassez de recursos para criar os filhos, traumas relacionados com uma gravidez de uma violação, problemas psicológicos, ou o abandono pelo parceiro.

E frequentemente esta situação resulta ainda em problemas psicológicos mais graves devido ao sentimento de culpa, ao medo de ser julgado pelas pessoas, ou o arrependimento. Em Portugal, as clínicas de aborto prestam aconselhamento social e psicológico prévio ao aborto. Após o aborto, ainda são recomendadas consultas de seguimento.



A falta de uma figura paterna


Geralmente, o pai é o responsável pelo desenvolvimento das capacidades vitais da criança. Na ausência de um pai, a criança poderá tornar-se mais suscetível à ocorrência de problemas psicológicos no futuro.

Tal situação não significa necessariamente que uma criança que tenha crescido na ausência de um pai, venha a desenvolver quaisquer perturbações psicológicas, mas sim que tem uma maior tendência a desenvolver algum transtorno psicológico, sobretudo na idade adulta.



As complicações que podem eventualmente existir:

  • Ser mais inseguro;

  • Não desenvolver as aptidões adequadas para viver na sociedade;

  • Não ser capaz de cumprir as leis ou de respeitar as autoridades;

  • Criar um sentimento de inferioridade.

No entanto, calma, mesmo se tiver crescido com um pai ausente, isso não quer dizer que desenvolva qualquer dos problemas mencionados anteriormente, e mesmo se tiver desenvolvido qualquer um deles, como por exemplo um distúrbio de personalidade indesejado, poderá mudar isso. Da mesma forma que aprendeu, poderá "desaprender" caso siga os passos certos.



Álcool e drogas na gestação


A ingestão de álcool durante a gravidez é grave e prejudicial para a mulher, mas principalmente para o bebé, que poderá sofrer danos não negligenciáveis. Mesmo quantidades pequenas de álcool podem afetar o desenvolvimento do feto e aumentar o risco de aborto espontâneo, parto prematuro e baixo peso à nascença.

Assim como o álcool, as drogas também são absolutamente de evitar durante a gestação. "Todas as sociedades científicas recomendam que as mulheres que esperam um filho, ou que desejam tê-lo, se abstenham completamente de consumir estas substâncias porque as drogas, como o álcool, atravessam a placenta, põem em risco a vida e a saúde do feto que pode ter sintomas de abstinência ao nascer".


Juno (Filme)


O filme "Juno" retrata a trajetória de uma adolescente de 16 anos que se depara com uma gravidez não planeada após uma única relação sexual com um amigo da escola. Inicialmente, Juno considera interromper a gravidez. No entanto, perante o ambiente em que o aborto ocorreria e influenciada pelas considerações de outra adolescente que protestava contra a prática, ela decide eventualmente ter o bebé e entregá-lo para adoção. Nos anúncios publicitários de um jornal, ela encontra um casal que pretende adotar um bebé e, com base na descrição e fotografia, decide encontrar-se com eles e organizar os procedimentos para o parto do bebé.





BIBLIOGRAFIA

Emilly Silva e Mayra Semedo, Turma 11º3I


 
 
 

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